Letra A tourada de A Naifa

Letra de A tourada

A Naifa


A tourada
A Naifa
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Não importa sol ou sombra,
Camarotes ou barreiras.
Toureamos, ombro a ombro
As feras.

Ninguém nos leva ao engano
Toureamos, mano a mano
Só nos podem causar dano
As esperas.

Entram guizos, chocas e capotes,
E mantilhas pretas.
Entram espadas, chifres e derrotes,
E alguns poetas.
Entram bravos, cravos e dichotes,
Porque tudo mais...
São tretas!

Entram vacas depois dos forcados
Que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos,
que não pagam nada.
E só ficam os peões de brega
Cuja profissão,
não pega...

Com bandarilhas de esperança
Afungentamos a fera.
Estamos na praça
da Primavera.

Nós vamos pegar o mundo
Pelos cornos da desgraça
E fazermos da tristeza,
Graça.

Entram velhas, doidas e turistas,
Entram excursões.
Entram benefícios e cronistas,
Entram aldrabões.
Entram marialvas e coristas,
Entram galifões
de crista.

Entram cavaleiros à garupa,
do seu heroísmo.
Entra aquela música maluca,
do passodoblismo.
Entra a aficionada e a caduca,
mais o snobismo e cismo...

Entram empresários moralistas,
entram frustrações.
Entram antiquários e fadistas,
e contradições.
E entra muito dólar, muita gente
Que dá lucro aos milhões...

E diz...
o inteligente
Que acabaram as canções.


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