O Bêbado e a Equilibrista - Ao Vivo Pedro Mariano (0 votos)
Caia a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco
Louco
Um bêbado com chapéu coco
Fazia irreverências mil
Pra noite do Brasil
Meu Brasil
Que sonha
Com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora
A nossa pátria, mãe gentil
Choram Marias e Clarices
No solo do Brasil
Mas sei, que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar
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