Letra Escrevo Pela Liberdade de Dealema

Letra de Escrevo Pela Liberdade

Dealema


Escrevo Pela Liberdade
Dealema
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[Intro]
Aprende a ler corações
Que há muito mais a fazer do que fazer revoluções
Não dês língua aos teus canhões
Nem ecos às pistolas
Nem vozes às espingardas
São coisas fora de moda
Põe-te a fazer a bomba
Que seja uma bomba tamanha
Que tenha dez raios da terra
[Verso 1: Maze]
Tou farto da pressão
Das regras, das normas, da hipocrisia
Das farsas, dos dogmas
Da falsa revolução, e da política
Dos egos inflatuados, de gente cínica
Da teoria da conspiração e da mentira
Da falta de união, do ódio e da apatia
Dos velhos do restelo, da presunção
Da injustiça, a quimera da ilusão
Procuro o meu espaço, fecho-me na redoma
Adeus, até ao meu regresso, é como um coma
Auto-induzido, viagem ao estado lírico
Apenas acredito no conhecimento empírico
Em Dealema, transpiro a liberdade de espírito
Exprimo a minha alma, ver tudo num manuscrito
Este mundo é um hospício, meu verídico, ilusionístico
E paz interior, para cumprir o meu designo
[Refrão]
Writing for freedom, Writing for freedom
Writing for freedom, Writing for freedom
I put my lifetime in between the paper's lines
We work the whole life for this, you gave a shit, beat it
Writing for freedom, Writing for freedom
Writing for freedom, Writing for freedom
I put my lifetime in between the paper's lines
We work the whole life for this, you gave a shit, beat it
[Verso 2: Fuse]
A liberdade de uma vida, palavra após palavra
Crucifixo a minha salvação, na dura espera à escrita
Na era do fatalismo, ofereço-te um fascículo
Estilo bélico, não sou mestre, sou discípulo
Pentágono, eu sinto, é um signo, eu ensino
[?] poética, para que saibas o caminho
O mundo é destruído em direção ao abismo
O abismo é desenhado com verdade no espírito
Eu tenho que sofrer para me compreender
Nós temos que lutar para sobreviver
Eu vejo no saber, a arte de surpreender
Não tenho como morrer, para dar valor ao viver
Escritores numa missão dilemática
Quimera pela poesia eterna, como lápides de Dealema
Pedras no caminho construímos um castelo
Palavras de pessoas para pessoas sem medo
[Refrão]
Writing for freedom, Writing for freedom
Writing for freedom, Writing for freedom
I put my lifetime in between the paper's lines
We work the whole life for this, you gave a shit, beat it
Writing for freedom, Writing for freedom
Writing for freedom, Writing for freedom
I put my lifetime in between the paper's lines
We work the whole life for this, you gave a shit, beat it
[Verso 3: Expeão]
Eu escrevo pela liberdade
Não tenho medo de mostrar o que sou, quem sou
Tenho autenticidade, eu acredito na liberdade
Tento criar um sítio mais propício à felicidade
Na minha rima, tudo o que tenho são castelos de areia
Tudo o que escrevo são palavras vazias
Tento descrever o sentimento impossível
De verbalizar em meras linhas frias
A veia do poeta veio de família
Ensinado pela minha avó, poesia
E a minha mãe, a minha escritora favorita
Sem métrica definida, tento-me safar na rima
Como na vida
Trago [?] de energia eléctrica
Minha voz, por si liberta
A tua mente das correntes sociais que te prendem
Às coisas banais que te vendem
São livros de contos, que vão mais além
[Verso 4: Mundo Segundo]
Versos que guardo, Camões, Pessoa e Saramago
Energia que trago, concentrado de [?] Solnado
Autor proclamado como Rosa Lobato Faria
Gil Vicente a escrever um novo auto
Álvaro Cunhal neste meio musical
No cimo Gago Coutinho e Sacadura Cabral
Dinís no meu pinhal, tu punhal em Inês de Castro
Usado no assassinato do chefe Viriato
Sou Vasco destemido no dobrar do cabo
A indústria Salazar, nós o golpe de estado de 74
Sou Carlos Paredes, neste fado
São aquelas às quais não me tenho confessado
Trabalhado ao ritmo de Manuel de Oliveira
Ouvia Paulo ainda era menino à volta da fogueira
Simone de Oliveira, Paião e Paco Bandeira
Trago plantas como Tomás Taveira e Siza Vieira!
We work the whole life for this


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