Subiu e encostou na barriga redonda de Deus
Abraçou os planetas como se fossem seus
E beijou cada nuvem como um Casanova do céu
E desceu transformado, com olhar diferente
Sorriu generoso, espalhou sementes
Dividiu entre a gente seu perfume e gosto
Veio uma nova alegria, um jeito manso
Uma vontade calma de iluminar
E nos olhos imensos, cheios de bênçãos
Uma vontade calma de iluminar
E é poder esquecer
Que se conhece o mar
Pra saber como é ver o mar
Pela primeira vez
E é poder esquecer
Que se conhece o mar
Pra saber como é ver o mar
Pela primeira vez
E a mão que feria agora acarinhava
Boca que maldizia agora beijava
Dividiu entre todos seu perfume e gosto
E dentro de um vento que arrefacia
Desceu, descia, desceu, descia
Desceu, descia, assovia
Deixava lembranças
Histórias trazia
E em volta do riso matava a saudade de Deus
E em volta do riso matava a saudade de Deus
Em volta do riso, matava a saudade
E é poder esquecer
Que se conhece o mar
Pra saber como é ver o mar
Pela primeira vez
E é poder esquecer
Que se conhece o mar
Pra saber como é ver o mar
Pela primeira vez
E é poder esquecer
Que se conhece o mar
Pra saber como é ver o mar
Pela primeira vez
[Outro]
Eu vi cobra fumar
Eu vi terra tremer
Eu vi um orixá nascer
Dancei com Oxalá
E Obaluaê
Cantei com Nanã Buruquê
Eu vi cobra fumar
Eu vi terra tremer
Eu vi um orixá nascer
Dancei com Oxalá
E Obaluaê
Cantei com Nanã Buruquê
